sábado, 3 de dezembro de 2011

De volta à Tropa.


Embuçalo o Mouro parceiro,
De andanças e camperiadas.
Volto a ser velho tropeiro,
Findou-se os carinhos da amada.
"
Sem rancho nem campanha,
Me aqueço num fogo de chão.
Busco no jogo, fumo e canha,
O tempo de truco no galpão.
"
Entro na vida de tropiada,
De andanças pelo mundo.
Hoje me acho numa topada,
Que não vejo beira nem fundo.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Verso Novo.


Quem traz na saudade, o amargo do mate,
No trote do pingo, o tranco da vida.
Tem por inspiração a batida do catre,
E por sina idas e vindas.
“”
Numa das tropiadas da vida,
Perdido em algum canto do pago.
A chuva calma atrasa a lida,
E relembro os teus afagos.
“”
No cheiro doce da terra molhada,
Banhada pela chuva divina.
Lembro o perfume da amada,
Que se enfeitava com Lua fina.
“”
Sei que com o tempo entordilharei,
E as estradas se estendem.
Vejo a flor branca que te dei,
Nos sonhos que me absorvem.
“”
Atado num panuelo vermelho,
Que em brutas guerras ganhei,
Minhas poesias te entreguei,
Como recuerdos de um velho.
“”
Me faltava um simples verso,
Divida que tinha contigo.
Hoje completo meu universo,
E te quero junto comigo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Jinete.


Permiso Señor,
Te pido Cruzada,
Yo soy cantador,
Y trago una Payada.
"
Tengo por inspiracion,
Los tentos y las garras,
Y ahora saco una cancion,
Acompañado por mi guitarra.
"
Me gustan los campos ganaderos,
Me gustan sus inspiracions,
Soy un simple tropero,
Que hace alguna cancion.
"
Conozco la Pampa,
Por las tropiadas,
No cai en la trampa,
De las camperiadas.
"
Trago en los aperos,
Caña, carne y fumo,
Y algun sueño campero,
De conocer otro rumo.
"
Con la bendicion de mi madre,
Del sombrero saco el reservado,
A la Santa pido milagre,
Y el amadriñador tendo por aliado.
"
Arreglo el sombrero,
Recuerdo alguna domada,
Saco de la rastra el talero,
El palanquero pide "largada".
"
El valiente jinete,
Que sabe todas las mañas,
No teme mala suerte,
Se tiene sueños para mañana.
"
Pero la doma señores,
No es simple asi,
Ya que el bueno jinete,
Esta muy cerca del fin.
"
Tengo la vida simple,
En el cuerpo muchas "dores",
Conozco pocos timbres,
Pra retratar los corredores.
"
El perro por compañero,
El pingo por ermano,
Tambien soy campanero,
A los amigos estendo la mano.
"
Soy como el libre potrom
Con la Pampa por pago,
Los sueños son otros,
Que hoy yo traigo.

Esta Payada escrevi a pedido de alguns amigos para que fosse declamada no Rodeio Universitário de Pelotas, mas por problemas de horário e contrapontos acabou não saindo, mas fica o registro da vida "Jineta" dessa gurizada loca de parceira.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sonhos.


Longe ao fundo de campo,
Onde a corunilha se fez parador,
O minuano sopra o tempo,
E hoje me faço cantador.
"
Relembro os tempos de piazito,
Em que no pensamento inocente,
Me imaginava num campito,
Longe de toda essa gente.
"
Pensava como João Barreiro,
Em ter um ranchito morada.
Pra ser o melhor paradeiro,
Pra morar ao lado da amada.
"
Hoje no nublear da memória,
Nesta noite amarga e fria,
Sei que o tempo se fez história,
E os sonhos se fizeram poesia.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Invernia.

No calmo ventre da terra,
Onde a pampa se faz poesia,
A procura da cria a vaca berra,
Enquanto o vento assobia.
"
O Sol se pôs temprano,
Prenuncia de invernia,
Quem sopra é o minuano,
O inverno que se anuncia.
"
No poncho idas e vindas,
Na estufa firma o braseiro,
Cantasse versos de vida,
E descansa o cusco parceiro.
"
No pasto o branco da geada,
Sai faceiro o ovelheiro,
"Vamo" saindo pra camperiada,
Na boca queima o palheiro.
"
Perigo é a chuva guasquiada,
Pois é tempo de parição,
"Ficamo com as mão" atada,
E apelamos pra oração.
"
Existe um velho ditado,
-O que o verão dá o inverno tira,
Mas não é bem interpretado,
Pois é quando nasce "as cria".

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Negra.

Ao soar de um clarim,
Lembro do rancho morada,
E o perfume de jasmim,
Do jardim da amada.
"
Nas casa, num fundo de campo,
Com um "cusco" velho parceiro,
Esperas faz tempo,
A divida deste velho tropeiro.
"
Prometi uma Payada,
Prometi um visita,
A primeira ta quitada,
A segunda não está esquecida.
"
Perdoe meu atraso,
Me perdi na pampa,
Me achei num talagaço,
Atado numa trampa.
"
Eu andava por Allá,
No trabalho de contrabando,
Trazendo gado de lá pra cá,
Quando "acharo" meu bando.
"
Por esta carta te explico,
Espero teu perdão.
E quem sabe não fico,
Muito tempo nesta prisão.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vida "num" Rancho.

Tenho um rancho por morada,
Levo a vida de "acavalo".
Sustento dos carinhos da amada,
E o pampa por trabalho.
"
Na sombra de um paraiso,
Tenho um palanque cravado,
E nele um Doradilho,
Que me espera ali atado.
"
No meu mate madrugador,
Descansa aos pés de um fogão,
Um cusco velho trabalhador,
Que aguarda as ordens do patrão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

La Jineteada

Trago la bendición de mi madre,
Del sombrero saco el reservado,
A la Santa pido milagre,
Y el amadriñador tengo por aliado.
"
El Payador saca la payada,
Yo saco el Talero,
El Palanquero saca la venda,
Y yo pierco el sombrero.
"
De doma no hay nada.
Como habla Larralde.
-Tiene por nombre Jinetiada.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Caçada

Vai chegando a primavera,
Os campos vão florindo,
Se pega as "bolhadeira",
Pras caçadas "vamo" saindo.
"
Bicho de pena é a caçada,
Mas se capincho cair,
Não se perde a camperiada,
E "pras casa" vamos ir.
"
Espanador se faz com as penas,
Assado com a carne,
Se aproveita tudo da Ema,
Até as "pata" pra cabo de sabre.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

El Pago.


No rancho tenho morada,
No campo tenho trabalho.
Aconchego nos "carinho" da amada,
Diversão no jogo de baralho.
"
Sustento tiro das "tropiada",
Mas prefiro as "camperiada",
Pois no pago posso viver,
Y mi hiyo ver crescer.
"
O perro por companheiro,
O pingo por irmão.
Também sou campaneiro,
E pros amigos estendo a mão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

De Coração.


Meu coração foi roubado,
Meu pensamento fugiu,
Estou sozinha, completamente sozinha,
Pois até minha alma, atrás de ti partiu!
"
Mesmo tentando esquecer,
Sempre te encontro em meu olhar,
Ainda tento esconder,
Mas todos sabem o porquê deste chorar.
"
Ao ver-te assim, sorrindo, a ppaz volta a me rondar...
Quando tocas em meu rosto e olha nos meus olhos...
Eu nao consigo mais brigar.
"
Mas sei da dor que vem depois,
Eu não quero mais sombras,
Quero o sol pra me aquecer,
Só assim então eu saberei o que é viver.
.
Por: Alice Estima Schuch.

(Essa poesia é de uma grande amiga, e não poderia ficar sem ser publicada)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Truco

A vida "ensino",
Que caña y fumo,
Um dia se termina,
Até "num" jogo de truco.
"
Tem que se jogar,
E com tempo entender,
Que no se pode apostar,
O que tens de maior bem.
"
Num trago mato a sede,
Na mão o sete de "espada".
Aposto o campo e a sede,
E os "carinho" da amada.
"
Na senha vejo brabo,
Ele tem Um de "espada".
Fico pior que guri mijado,
E ta feita a cagada.
"
Se foi o campo,
Se foi a amada.
Fico tempo,
E o pingo pras "camperiada".

terça-feira, 5 de abril de 2011

Como el Potro.


Permiso señor,
Te pido cruzada.
Yo soy cantador,
Y traigo una payada.
"
Conozco el Pampa,
Por las tropiadas.
No caí en la trampa,
De las camperiadas.
"
Soy como el libre potro,
Con el Pampa por "pago".
Los sueños son otros,
Que hoy yo traigo.



quarta-feira, 30 de março de 2011

De longe.

O Rio Grande eu cruzei,
A trote e galope,
Por sorte te encontrei,
Antes do último golpe.
''
De longe eu venho,
Por um velho caminho,
Plata não tenho,
Pero te prometo carinho.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"Pra um amigo"



Hay quen habla ,
De las tries terras,
Tries terras nativas,
Sin fronteras.
"
Radio Campo Aberto,
Tiene por nombre.
Hecha por hombres,
Que viven el campo.
"
Habla de la ciudad,
Habla del Pampa,
No tiene partido,
Y atende a todos los pedidos.
"
(Uma divida que eu já deveria ter pago para um grande amigo, "tarde pero hecho")

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Rancho Novo

Ando meio ocupado,
Sem tempo pra payar.
Tenho muito trabalhado,
Estou cansado de tropiar.
"
Talvez agora pare,
Levante um rancho novo,
E um potro eu agarre,
Pra criar querencia de novo.
"
Se a morocha quiser,
Comigo vem morar,
E o pingo pode trazer,
Pois pra ela vou domar.