segunda-feira, 13 de junho de 2011

Negra.

Ao soar de um clarim,
Lembro do rancho morada,
E o perfume de jasmim,
Do jardim da amada.
"
Nas casa, num fundo de campo,
Com um "cusco" velho parceiro,
Esperas faz tempo,
A divida deste velho tropeiro.
"
Prometi uma Payada,
Prometi um visita,
A primeira ta quitada,
A segunda não está esquecida.
"
Perdoe meu atraso,
Me perdi na pampa,
Me achei num talagaço,
Atado numa trampa.
"
Eu andava por Allá,
No trabalho de contrabando,
Trazendo gado de lá pra cá,
Quando "acharo" meu bando.
"
Por esta carta te explico,
Espero teu perdão.
E quem sabe não fico,
Muito tempo nesta prisão.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vida "num" Rancho.

Tenho um rancho por morada,
Levo a vida de "acavalo".
Sustento dos carinhos da amada,
E o pampa por trabalho.
"
Na sombra de um paraiso,
Tenho um palanque cravado,
E nele um Doradilho,
Que me espera ali atado.
"
No meu mate madrugador,
Descansa aos pés de um fogão,
Um cusco velho trabalhador,
Que aguarda as ordens do patrão.