terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Baeta



Meu poncho baeta,
Que muita água levou,
Traz inspiração ao poeta,
Falando de onde passou.
“”
Seu ventre vermelho sangue,
Aconchego na luta com o frio,
Eras venda nos palanques,
Bainha pra adaga de bom fio.
“”
Serviste a muitos amigos,
Que por parceiro te emprestei.
Também foste bom abrigo,
Pra mulher que mais amei.

“”
Te ponho em frente a janela,
Pra que o vento empurre,
O doce do perfume dela,
Que hoje me consume.
“”
Lutamos em brutas guerras,
Fechamos acordos de paz.
Tens na historia muitas pedras,
Que não nos deixaram pra traz.
“”
Arejo-te no vento pampa,
Pra que descanses tranqüilo.
Fazes parte da minha estampa,
Poeta metido a Caudilho.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cantiga pra Lua


Peço licença madrinha da noite,
Neste verso que fiz pra amada,
São simples verdades e palpites,
Que aprendi  sobre a tua jornada.
"
Te escondes atrás de cortinas,
Brancas, de água e vida,
És inspiração pra cantigas,
Conforto ao fim da lida.
"
Hoje peço que apareças,
Cheia de inspiração e beleza,
Para que este índio, sem pressa.
Te relembre com tanta clareza.
"
Já falei das tuas parceiras,
Em versos, payadas e canções.
Que descrevem a vida campeira,
E aquecem nossos corações.