quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Castilhano


Taura campeiro

Que saiu fugido

Com o tubiano padrijo

E pelo Rio Grande foi acolhido


Na estância da figueira

Achou um guri recem formado

Que por ele foi encinado


Entre eles uma amizade se criou

Que por vinte anos se levou

Entre capataz e patrão


O filho! ele ensinou

A jineteada o guri levou

A tropiada por ela se apixonou


E assim por hoje se encerra

A história de um castilhano gauderio

Que aqui se criou.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Citadino


Nesta vida ingrata de citadino

De olhar por entre vidros e janelas

Sem entender o porque disto

Me recuerdo dos tempos de campeiro

Do minuano batendo logo cedo

Do branco da geada nos campos

E a cuscada retoçando aos pés dos arreios


Sei que este tempo não volta

O mate na frente da estufa

A água quente na cambona

E a carne frita na panela.

.

Hoje como citadino tento refazer

As coisas que deixavam a vida simples

E sei que algum dia o tempo há de me trazer

O que pra mim é mais feliz.