Meu
poncho baeta,
Que
muita água levou,
Traz
inspiração ao poeta,
Falando
de onde passou.
“”
Seu
ventre vermelho sangue,
Aconchego
na luta com o frio,
Eras
venda nos palanques,
Bainha
pra adaga de bom fio.
“”
Serviste
a muitos amigos,
Que
por parceiro te emprestei.
Também
foste bom abrigo,
Pra
mulher que mais amei.
“”
Te
ponho em frente a janela,
Pra
que o vento empurre,
O doce do perfume dela,
Que
hoje me consume.
“”
Lutamos
em brutas guerras,
Fechamos
acordos de paz.
Tens
na historia muitas pedras,
Que
não nos deixaram pra traz.
“”
Arejo-te
no vento pampa,
Pra
que descanses tranqüilo.
Fazes
parte da minha estampa,
Poeta
metido a Caudilho.